Dr. José Salomão Schwartzman

NEUROPEDIATRA

Currículo Lattes
Dr José Salomão Schwartzman

Temas em Neurologia

da Infância e da Adolescência

A Criança que não Aprende

Não apenas transtornos do desenvolvimento impedem o desenvolvimento da aprendizagem na criança. A adequação da escola à criança ou da criança à escola, fatores ambientais e/ou fatores emocionais também podem ser determinantes para dificuldades em aprendizagem. 



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Educação e Gênero

É sabido que há diferenças tanto estruturais quanto funcionais no cérebro de meninas e de meninos. Conhecer essas diferenças é importante para entender alguns comportamentos e algumas habilidades nas crianças, sem que isso signifique diferenciá-las por gênero em um sentido “pejorativo” e socialmente incorreto. 

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Deficiência Intelectual

Entre 1% e 3% da população mundial apresenta Deficiência Intelectual, cujas causas podem ser alterações cromossômicas ou gênicas, erros no desenvolvimento embrionário ou outros defeitos estruturais e funcionais que impactam a capacidade do cérebro.


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Transtorno do Espectro do Autismo

O TEA é, hoje, o mais estudado e discutido transtorno do desenvolvimento infantil, tanto pelo fato de sua incidência estar aumentando exponencialmente ao longo dos anos, quanto pelo fato de o espectro do autismo ser extremamente abrangente, incluindo desde casos severos até casos leves, c o que permite refletir sobre se se trata de fato de uma mesma condição. 



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Transtorno de Déficit de Atenção/ Hiperatividade

O TDA-H está presente em 5% a 8% da população mundial, e é mais frequente em meninos do que em meninas. Cerca deaproximadamente 10% podem apresentar outras diferentes comorbidades associadas. A intervenção precoce nos casos de TDA-H é crucial para que esses pacientes usufruam de uma adolescência e vida adulta a mais confortável e segura possível. 

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Aspectos cognitivos na Síndrome de Rett

Hoje bem mais conhecida do que há algumas poucas décadas, a Síndrome de Rett é definida como um transtorno neurológico severo de causa genética que afeta predominantemente crianças do sexo feminino (1:12.000 meninas) e algumas poucas do sexo masculino. E uma das principais causas de Deficiência Intelectual severa em meninas.


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Desenvolvimento Infantil

Conhecer o desenvolvimento
motor e das habilidades cognitivas da
criança típica é crucial para que se possam
identificar sinais o mais precoces possíveis
de algum déficit ou anormalidade, de
modo que se possa, também precocemente, encaminhar e intervir nesse desenvolvimento
com eficácia, evitando a instalação
de déficits permanentes.


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Outros Temas em Neurologia

Há uma série de diferentes transtornos do desenvolvimento identificados na infância, alguns mais leves e outros mais severos, alguns mais raros e outros mais frequentes, como a Paralisa Cerebral, por exemplo.



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Outras leituras

Aqui se encontra uma série de
dissertações e teses sobre diferentes
temas relacionados aos distúrbios
do desenvolvimento orientadas
pelo Dr. José Salomão Schwartzman
ao longo de sua carreira
acadêmica mais recente. Vale a
pena conhecê-las!




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Acesso livre aos
capítulos do livro TEA

Blog

Por Gustavo Grandjean 18 de outubro de 2024
A Síndrome de Rett é uma doença neurológica rara, causada por uma mutação genética, que afeta principalmente meninas. Em casos raros, pode ocorrer em meninos, mas, nesses casos, geralmente leva ao não nascimento da criança devido à gravidade da condição. Os sinais da síndrome se manifestam por volta do primeiro ano de vida, quando a criança começa a perder progressivamente suas funções motoras e cognitivas. Após um período inicial de desenvolvimento normal, as crianças com Síndrome de Rett passam a apresentar movimentos involuntários ou repetitivos, especialmente com as mãos, além de dificuldades para andar e falar. Uma característica marcante dessa síndrome é a perda de habilidades motoras e de controle sobre os movimentos, que afeta a capacidade de realizar atividades cotidianas. Além disso, a comunicação verbal é prejudicada, fazendo com que muitas das palavras aprendidas sejam esquecidas. No entanto, um detalhe crucial é que, apesar dessas dificuldades, o olhar das crianças com Síndrome de Rett é profundamente comunicativo, sendo uma via importante para expressar emoções e desejos. Tratamento: O Avanço Promissor, Mas Ainda Desafiador Até recentemente, o tratamento da Síndrome de Rett era focado apenas no manejo dos sintomas, sem medicação específica para a doença. Em março de 2023, uma notícia trouxe esperança: o medicamento DAYBUE (trofinetide) foi aprovado pela FDA (Food and Drug Administration), nos Estados Unidos, como o primeiro e único tratamento específico para a Síndrome de Rett. Embora DAYBUE tenha demonstrado potencial para melhorar alguns dos sinais e sintomas da síndrome, seus efeitos ainda são considerados modestos, e o custo elevado do tratamento limita seu acesso para muitas famílias. Mesmo assim, essa aprovação representa um avanço significativo no combate à doença, abrindo portas para novos estudos e tratamentos mais acessíveis no futuro. Estratégias de Comunicação e Aprendizado Lidar com crianças com Síndrome de Rett é um desafio constante, tanto para os pais quanto para os profissionais de saúde. Entretanto, com as estratégias corretas, é possível promover o desenvolvimento dessas crianças e melhorar sua qualidade de vida. Uma das abordagens mais eficazes envolve a criação de sistemas de comunicação alternativos, adaptados para cada criança. Esses sistemas podem incluir placas com desenhos ou palavras que ajudem a criança a expressar suas necessidades e desejos. É importante lembrar que, embora a fala seja comprometida, o olhar dessas crianças permanece um poderoso meio de comunicação. Com o acompanhamento adequado, as crianças podem aprender a usar esses sistemas para interagir de forma mais eficiente com o mundo ao seu redor. Conclusão A Síndrome de Rett ainda impõe grandes desafios, tanto no diagnóstico quanto no tratamento. No entanto, os avanços no campo da medicina, como o desenvolvimento do DAYBUE, mostram que estamos caminhando na direção certa. Enquanto isso, as estratégias de comunicação, como o uso de sistemas simples e o aproveitamento do olhar expressivo das crianças, continuam sendo ferramentas essenciais para melhorar a qualidade de vida dos pacientes e suas famílias. Com o suporte adequado, é possível construir uma rotina que, apesar das limitações, valorize cada conquista e permita que a criança explore o mundo ao seu redor da melhor maneira possível.
26 de setembro de 2024
O desenvolvimento infantil nos primeiros anos de vida é marcado por uma série de marcos importantes, como a comunicação, a interação social e o comportamento. Em alguns casos, atrasos nesse desenvolvimento podem sinalizar condições como o Transtorno do Espectro do Autismo (TEA). Detectar os sinais precoces do autismo em bebês, especialmente antes dos 18 meses, pode fazer uma diferença significativa no futuro da criança, permitindo que ela receba intervenções eficazes e precoces que promovem mais qualidade de vida e autonomia. A Importância do Diagnóstico Precoce O diagnóstico precoce do TEA é crucial porque permite que intervenções sejam iniciadas ainda nos primeiros anos de vida, quando o cérebro está em uma fase de alta plasticidade e mais receptivo a estímulos. As pesquisas científicas demonstram que crianças com autismo que passam por intervenção precoce apresentam melhorias significativas na socialização, na comunicação e nas habilidades cotidianas, como brincar, interagir com outras pessoas e até cuidar de si mesmas. Essa intervenção pode facilitar o desenvolvimento de independência ao longo da vida. Por isso, é essencial que os pais, cuidadores e profissionais de saúde estejam atentos aos sinais de autismo desde os primeiros meses de vida. Embora cada criança tenha seu próprio ritmo de desenvolvimento, há comportamentos específicos que podem sugerir a presença de TEA. Sinais de Autismo em Bebês É importante lembrar que os sinais de autismo em bebês podem ser sutis, mas observar atentamente o desenvolvimento do bebê pode revelar comportamentos que indicam a necessidade de uma avaliação mais detalhada. Alguns dos sinais mais comuns incluem: Pouco contato visual : bebês com TEA podem evitar olhar nos olhos das pessoas, inclusive durante momentos íntimos, como a amamentação. Ausência de resposta ao ser chamado : por volta dos 12 meses, a maioria dos bebês neurotípicos (não autistas) já responde quando chamados pelo nome. Crianças com autismo, por outro lado, podem não reagir a esse estímulo. Falta de sorriso social : o "sorriso social", aquele que acontece quando um bebê sorri em resposta ao sorriso de outra pessoa, pode estar ausente. Baixa interação com objetos : bebês com TEA podem não acompanhar objetos em movimento com os olhos, nem compartilhar atenção com os outros. Pouco balbucio : enquanto muitos bebês começam a balbuciar e a imitar sons por volta dos 6 a 12 meses, crianças com autismo podem não demonstrar esse comportamento ou balbuciar pouco. Ausência de gestos : gestos comuns, como apontar, acenar ou imitar ações de adultos, podem estar ausentes. Comportamentos extremos : o bebê pode ser excessivamente quieto ou, ao contrário, muito agitado. Sensibilidade ao toque : alguns bebês com TEA podem não gostar de toques ou abraços, uma característica que pode estar relacionada a questões sensoriais. Movimentos repetitivos : bebês com autismo podem apresentar movimentos repetitivos ou atípicos. Apego incomum a objetos : em vez de se interessarem por pessoas, esses bebês podem demonstrar um apego incomum a certos objetos. A Evolução do Diagnóstico É importante destacar que os sinais de TEA podem variar amplamente, tanto em intensidade quanto em forma, e não são exclusivos de uma faixa etária específica. Algumas crianças com autismo podem se desenvolver de forma típica até os primeiros anos, adquirindo linguagem funcional e habilidades sociais, mas podem experimentar uma regressão nesses aspectos. Por isso, é essencial que todas as crianças sejam avaliadas para identificar atrasos no desenvolvimento e deficiências durante as consultas médicas de rotina. Conclusão A atenção aos sinais sugestivos de autismo é fundamental para garantir que bebês e crianças recebam as intervenções necessárias o quanto antes. O diagnóstico precoce não apenas melhora as perspectivas de desenvolvimento da criança, mas também traz alívio e orientações valiosas para os pais e cuidadores. Se você notar alguns desses sinais em seu filho, é importante procurar orientação de um pediatra ou especialista em desenvolvimento infantil para uma avaliação mais aprofundada. Quanto mais cedo a intervenção, maior a chance de proporcionar à criança um futuro com mais independência, autonomia e integração social.
13 de agosto de 2024
Medicar crianças com transtornos neuropediátricos é uma tarefa que exige cuidado, atenção e um entendimento profundo das necessidades de cada paciente. A seguir, apresentamos um guia completo sobre o diagnóstico e tratamento, enfatizando a importância de um enfoque personalizado. Diagnóstico e Tratamento Personalizado O primeiro passo no tratamento de crianças com transtornos neuropediátricos é um diagnóstico preciso. Isso envolve a identificação dos sintomas específicos de cada criança, o que é crucial para a escolha do tratamento adequado. Os medicamentos devem ser selecionados com base na eficácia comprovada e em seu perfil de segurança, buscando sempre aqueles com menor potencial de efeitos adversos. Envolvimento dos Pais e Acompanhamento Médico O envolvimento dos pais no processo de tratamento é fundamental. A comunicação clara e eficaz com os responsáveis ajuda a garantir que todos compreendam as diretrizes do tratamento e as expectativas em relação à medicação. Além disso, o acompanhamento médico contínuo é vital para avaliar a eficácia do tratamento e monitorar quaisquer efeitos colaterais, prevenindo assim o uso excessivo de medicamentos. Uso Responsável de Medicamentos em Crianças A prescrição de medicamentos para crianças deve ser feita de forma criteriosa. Os médicos devem considerar apenas as indicações aprovadas pela Anvisa e a FDA dos Estados Unidos e evitar o uso off label, a menos que seja estritamente necessário e bem fundamentado. É essencial que os profissionais de saúde informem as famílias sobre os medicamentos recomendados, incluindo potenciais efeitos colaterais e a importância de seguir as orientações médicas. Tratamentos Associados aos Transtornos Neuropediátricos No contexto do Transtorno do Espectro do Autismo (TEA), por exemplo, alguns medicamentos frequentemente discutidos incluem o Aristab (Aripiprazol) e a Riisperidona. Além disso, abordagens psicoterapêuticas como a Análise Comportamental Aplicada (ABA) e a Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC) desempenham um papel importante no tratamento. A avaliação neuropsicológica também é um componente essencial, pois contribui para um diagnóstico mais preciso e para o desenvolvimento de um plano de tratamento eficaz. Abordagem Multidisciplinar e Personalizada A complexidade dos transtornos neuropediátricos, especialmente o TEA, ressalta a importância de uma abordagem multidisciplinar e personalizada. Cada paciente é único e requer uma análise detalhada de suas necessidades, levando a um tratamento individualizado que visa a obter os melhores resultados possíveis. Isso envolve a colaboração entre pediatras, neurologistas, psicólogos e outros profissionais de saúde, garantindo que todos os aspectos da saúde da criança sejam considerados. Considerações Finais  Medicar crianças com transtornos neuropediátricos é um processo que demanda responsabilidade e atenção. Um diagnóstico correto, a inclusão dos pais no tratamento e uma abordagem personalizada são fundamentais para garantir o bem-estar e o desenvolvimento saudável da criança. Ao seguir essas diretrizes, podemos oferecer o suporte necessário para que as crianças superem desafios e alcancem seu potencial máximo.
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