Poda Neural

Poda neural ou morte neuronal programa ou, ainda, apoptose é um processo normal durante o desenvolvimento do cérebro e que tem sido mal-entendido.

Tenho ouvido de muitas pessoas, como familiares e mesmo profissionais que cuidam de crianças, que “aconteceu a poda neuronal e ele ficou assim” ou “temos que tratar logo antes que aconteça a pode neural”.

Nada mais distante da realidade, pois esse processo, que é muito intenso nos primeiros anos de vida, mas que se estende até a vida adulta, nada mais é do que a eliminação dos neurônios e sinapses que foram formados em demasia e que, não sendo aproveitados, devem ser eliminados, pois a sua manutenção resultará em disfunções do sistema nervoso.

Produzimos um número de neurônios e sinapses muito superior ao que será utilizado, e deverão permanecer ativas aquelas estruturas cerebrais que foram devidamente estimuladas. Dessa forma, permanecem ativadas as estruturas que são utilizadas e são eliminadas aquelas não devidamente estimuladas.

O que quero é chamar a atenção para esse processo de poda neural que é um fenômeno normal e que, quando não ocorre de forma adequada, determinará disfunções que poderão se manifestar em quadros clínicos tais como o TEA e a esquizofrenia.



30 out., 2023
Parcela substancial da população apresenta níveis de inteligência inferiores aos considerados normais. A DI se caracteriza pela redução significativa das habilidades cognitivas bem como por prejuízos no comportamento adaptativo, o que leva a dificuldades na interação social, na comunicação, no raciocínio e, por consequência, na aprendizagem de modo geral.  Pode se apresentar em níveis variados de comprometimento, e podem ser reconhecidos os níveis leve, moderado, severo e profundo. Cerca de 85% dos casos são leves, podem passar desapercebidos por muitos anos e ser confundidos com outras condições. O instrumento mais adequado para o diagnóstico de DI é a avaliação neuropsicológica.
30 out., 2023
Não é rara a informação dos pais de que “meu filho é muito difícil” para se referir a várias queixas tais como: “ele é muito inquieto”, “ele não obedece”, “ele não faz o que a gente pede”, “ele cria problemas em vários locais, inclusive na escola, “quando pedimos alguma coisa para ele, a primeira resposta é “não”, “ele não aceita combinados”, “ele só faz o que ele quer” etc. Evidentemente, algumas condições tais como o Transtorno Opositor Desafiador e a Hiperatividade devem ser consideradas e identificadas corretamente para que possam ser tomadas medidas que visem a minimizar as inadequações presentes. No entanto, tenho atendido inúmeras crianças que, apesar de apresentarem queixas como as mencionadas, não preenchem os critérios necessários para definir um diagnóstico definido. Quero chamar a atenção aqui para a existência de “crianças difíceis” que, simplesmente, têm comportamentos que podem realmente incomodar, mas que não tem têm necessariamente “um diagnóstico”. Ainda que não se identifique uma condição específica, intervenções como terapia psicológica e orientação familiar podem reduzir significativamente os comportamentos ditos “difíceis”.
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